O mundo reagiu ao tarifaço dos Estados Unidos. A União Europeia ainda acredita em negociação, mas a China já avisou: vai retaliar os produtos americanos também com sobretaxas.
A China foi um dos países mais atingidos pelo decreto de Donald Trump. A taxa de importação de 34% se soma a uma outra, de 20%, imposta pelo presidente americano, em março. Ou seja, produtos chineses terão um imposto de 54% para entrar nos Estados Unidos.
O Ministério do Comércio da China pediu aos Estados Unidos o cancelamento imediato das novas tarifas. E deixou claro: vai adotar medidas em resposta ao decreto de Trump, para proteger empresas e produtores.
O drink da festa, a sobremesa depois do almoço, o cafezinho do fim de tarde... esses e milhares de outros produtos exportados por inúmeros países pagarão mais para entrar no mercado americano.
Uma fábrica na França, visitada pela equipe do Jornal da Band, produz barris para vinhos e conhaques. Cerca de 25% da produção têm como destino os Estados Unidos.
“Estamos desapontados com a sobretaxa de 20%”, disse o diretor da empresa.
Já o responsável por uma cooperativa grega que exporta queijo para os Estados Unidos foi claro: as tarifas de Trump vão elevar o custo de produção, que será repassado para o consumidor final.
Mas também tem gente de olho em outros mercados, “América não é o único comprado”, disse que o pecuarista australiano. O país da Oceania está entre os “poupados” por Trump, e recebeu taxa-base de 10%.
O clima é de tensão no mundo todo, e o temor é de que as tarifas americanas afetem economias já fragilizadas. Na União Europeia, o plano A é manter a porta aberta para negociações com o governo Trump. Mas, o bloco promete agir para proteger empresas e produtores.
O presidente francês Emmanuel Macron sugeriu a suspensão de investimentos estrangeiros nos Estados Unidos como forma de retaliação.