O homem que aparece no vídeo acima viajando em um jatinho e posando para fotos é Marcos Roberto de Almeida. Você acreditaria se eu dissesse que é um empresário bem-sucedido. Mas, de acordo com a polícia, o Ministério Público e a Justiça, ele é um traficante.
Hoje, Marcos Roberto ocupa a posição de número 1 do PCC fora das cadeias. A polícia chegou a investigar a possível morte do criminoso, conhecido como Tuta, mas a verdade é que ele vive na Bolívia com todo o luxo que o tráfico internacional de cocaína pode proporcionar.
Já André de Oliveira Macedo viveu durante muitos anos como um playboy do litoral. Ganhou o apelido de “André do Rap” por investir em estrelas do movimento cultural que se destacam na periferia das grandes cidades.
Investiu também no futebol, tendo se tornado empresário de jogadores e viveu em mansões; comprou uma avaliada em mais de 10 milhões de reais em Angra dos Reis, no litoral fluminense.
Enquanto reformava o imóvel, alugou outro para ficar com a família ao custo de quase 20 mil reais por mês. Usufruía de helicópteros, lanchas, motos aquáticas. Tudo em nome de laranjas. O patrimônio foi apreendido, mas depois devolvido.
Outro criminoso, Odair Mazzi, foi preso em um resort de luxo na Praia dos Carneiros, em Pernambuco. Nas redes sociais, ele mostrava carrões, festas e restaurantes de luxo.
Quem o conhecia nestes momentos admirava o sucesso de um empresário rico, no entanto, o homem era um traficante que chegou a movimentar mais de 1 bilhão de reais para o PCC.
Já Anselmo Becheli Santa Fausta foi assassinado na zona leste de São Paulo. Até então o nome dele era pouco comentando no meio policial, mas logo o criminoso, conhecido como Cara Preta, foi revelado.
O patrimônio do traficante assassinado incluía aplicações em criptomoedas na casa de centenas de milhões de reais e ao menos 83 imóveis na zona leste.
Lucros do PCC
Depois que o PCC passou a dominar toda a cadeia da cocaína, desde a produção nas fazendas de coca na Bolívia até o envio dos carregamentos pra Europa, os lucros atingiram patamares impressionantes.
As movimentações financeiras batem na casa dos bilhões de reais. Os chefões ganham tanto dinheiro que não conseguem esconder ou ter uma estrutura eficiente para lavar as fortunas.
E essa vida de luxo dos chefões tem trazido problemas dentro das cadeias. Criminosos presos, especialmente os de mais baixo escalão, vêm cobrando a cúpula nas penitenciárias federais por uma divisão maior dos lucros do tráfico.
O mais pressionado é Marcos Camacho, o Marcola, atualmente isolado na unidade de Brasília – mas os operadores logísticos, que mais ganham dinheiro, parecem pouco dispostos a dividir seus ganhos.