Um chefão do PCC preso na fronteira com o Paraguai está sendo apontado como o mentor do mega assalto que levou pânico a Araçatuba.
Três brasileiros e um paraguaio foram presos em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, perto da fronteira. Entre eles, Anderson Menezes de Paula, o “Tuca”, que tinha sido designado pela facção para assumir o controle do tráfico de armas e drogas na região, estratégica para o crime organizado.
A operação conjunta das autoridades do Brasil e do Paraguai, desencadeada na última segunda (4), teve como objetivo colocar atrás das grades as novas lideranças do PCC na fronteira.
Nos últimos anos, três chefões do PCC já tinham sido presos e expulsos do país vizinho. O último deles, Wesley Neres da Silva, o "Bebezão", agora foi condenado a 33 anos de cadeia.
Além do tráfico, Tuca é suspeito de envolvimento em homicídios e assaltos a bancos. Segundo a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai e a Polícia Federal, o criminoso e outro comparsa, também preso, se especializaram como explosivistas, que são os responsáveis pela preparação, manuseio e instalação de bombas nos ataques contra agências.
Tuca e William Meira do Nascimento, o “Bruxo”, são investigados por suspeita de participação no mega assalto a bancos em agosto, em Araçatuba, no interior paulista. Na ocasião, a quadrilha usou dezenas de bombas para intimidar a polícia e provocar pânico na cidade.