Cesta com itens essenciais custa quase o valor de um salário mínimo

39 itens entre alimentação, limpeza doméstica e higiene pessoal valem, atualmente, R$ 1.065

Olívia Freitas, do Jornal da Band

Quem ganha um salário mínimo sabe. Quem felizmente ganha mais pode não se dar conta. O poder de compra do salário mínimo fica cada vez menor.

Difícil quem não perceba. Vale para a comida, a gasolina, o gás de cozinha.

“No mês passado, nós compramos 500 e pouco de tudo para dentro de casa. Nesse mês, nós precisamos fazer uma listinha, tava dando 700 reais quase. O salário da aposentadoria não acompanha, mas os preços estão subindo cada vez mais”, relata o técnico Cláudio Bernardo da Silva.

Se isso confirmar, será o pior resultado desde 2015. E os alimentos têm contribuído. Nos últimos 12 meses, a cesta básica do paulistano, medida pelo Procon, ficou 22% mais cara. 

São 39 itens, entre alimentação, limpeza doméstica e higiene pessoal. Entram nesta cesta produtos como arroz, feijão, legumes, desodorante, sabão em pó. Uma lista assim, considerando o consumo de uma família por um mês, significa quase toda a renda de um trabalhador assalariado.

A cesta completa custa, atualmente, R$ 1.065. É quase o valor do salário mínimo: R$ 1.100. Sobram R$ 35.

Se sobrassem R$ 35 do seu salário, o que você conseguiria pagar?

“São quatro litros de gasolina”, diz o taxista Epifânio Gomes.

“Grande parte dos nossos alimentos estão sendo mandados para fora. Com isso, o preço aqui dentro aumenta porque a oferta é menor”, explica Patrícia Costa, economista do Dieese.

Enquanto isso, fica o espaço deixado pela ausência do que é considerado básico.

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