As tragédias humanas vão se empilhando a cada dia que passa. Israelenses e palestinos choram as mortes de pessoas queridas.
O vácuo do incerto também corrói. Tem muita gente desaparecida e boa parte virou refém. O exército de Israel disse que já conseguiu identificar 97, mas ainda não há um número exato de pessoas sob o domínio do Hamas
O ataque terrorista do último sábado deixou marcas profundas e a contraofensiva tem sido implacável.
Necrotérios na Faixa de Gaza não conseguem dar conta do número de óbitos e corpos estão sendo enfileirados no chão mesmo.
Hospitais estão à beira do colapso. A situação, que já é ruim, vai ficar ainda pior. Sendo sufocado pelo bloqueio total, o enclave conta apenas com geradores para o fornecimento de luz. O combustível dessas máquinas está acabando e um blackout total é iminente.
O Ministro de Energia de Israel disse que o fornecimento de luz e combustível só será restaurado aos moradores de Gaza quando os reféns forem libertados.
O exército de Israel tem despejado esses folhetos alertando moradores da Faixa de Gaza sobre os locais que serão bombardeados.
Em um hospital que virou abrigo, pessoas se amontoaram ao lado de um radinho carregado com uma bateria de carro para escutar notícias dos ataques.
Segundo a ONU, quase 350 mil palestinos já estão desabrigados e esse número deve continuar subindo.
A esperança de civis é que a fronteira com o Egito seja aberta e se transforme num corredor humanitário.
O governo de Cairo tem resistido à pressão internacional. Entre os motivos alegados estão: a segurança, os egípcios também consideram o Hamas um inimigo e temem a infiltração de soldados entre os inocentes; e o medo de se criar uma crise de refugiados num país que já enfrenta diversos problemas internos e que tem eleições marcadas para dezembro.
Ao norte, o exército israelense bombardeou dois aeroportos na Síria, em Damasco e Aleppo. As pistas de pousos e decolagens foram danificadas e todos os voos suspensos.
A Síria é apontada como uma das portas de entradas de armamentos que abastecem o Hezbollah. O grupo do Líbano, apoiado pelos iranianos, tem realizado alguns ataques contra território israelense e são aliados do Hamas. o Irã negou qualquer envolvimento com o ataque terrorista do último sábado.
No sul do país, Israel promete uma escalada ainda maior do confronto. Soldados estão preparados para uma incursão terrestre e dezenas de mísseis e foguetes estão prontos para atravessar os céus de Gaza.
O Hamas diz estar preparado para o avanço do conflito. Oficiais contam que o grupo extremista se preparou durante dois anos para o ataque a Israel.
Hamas convoca para esta sexta-feira (13) uma mobilização em massa do mundo árabe. E pede que jovens palestinos confrontem os soldados israelenses na Cisjordânia ocupada.