Cerco à embaixada argentina aumenta pressão para Brasil condenar regime de Nicolás Maduro

Lula se reuniu com assessores do Itamaraty para discutir rompimento de acordo entre governo brasileiro e venezuelano

Alex Gusmão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com assessores do Itamaraty para discutir a reação do Brasil após o cerco à embaixada argentina na Venezuela, que está sob custódia brasileira. As reuniões de emergência foram convocadas enquanto o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira e o assessor especial da presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, estão fora do país. 

As pressões para subir o tom contra o regime chavista aumentaram, mas o Planalto mantém a postura de buscar uma mediação. O Brasil tenta negociar um salvo-conduto para seis opositores do ditador Nicolás Maduro, que estão refugiados na embaixada da Argentina. 

O governo brasileiro avisou que seguiria na proteção do prédio e na defesa dos direitos dos argentinos. Isso pelo menos até que o governo de Javier Milei indique outro país para essas funções e que isso seja aceito pela Venezuela. 

As forças militares de Maduro cercaram a embaixada no sábado (7), sem aviso. O ditador rompeu um acordo com o Brasil, que permitia a custódia do local. Homens encapuzados só deixaram o prédio quando o líder da oposição, Edmundo González, chegou na Espanha, no domingo (8). 

Nesta segunda-feira (9), o secretário-geral da ONU, António Guterrez, saiu em defesa do Brasil na crise com a Venezuela. Ele alertou que embaixadas não podem ser violadas ou ameaçadas, em qualquer parte do mundo. 

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