O caso da morte de Henry Borel, encontrado morto pela mãe Monique Medeiros na casa em que mora com Jairo Souza Santos Jr., o Dr. Jairinho, revelou um lado obscuro do político do Rio de Janeiro. Denúncias de ex-mulheres do vereador trouxeram à tona o perfil violento e histórico de agressão à crianças.
Jairinho foi eleito vereador pela primeira vez em 2004, aos 27 anos, na esteira do pai, o Coronel Jairo, deputado estadual, policial militar reformado, e apontado como um dos líderes da milícia Liga da Justiça.
Desde que o caso da morte do menino Henry ganhou repercussão, Jairinho não participa das sessões da Câmara acuado pelas denúncias que indicam um perfil frio e violento do vereador.
A polícia investiga relatos de um histórico de agressões de Jairinho, que já teria espancado filhos de ex-companheiras. Uma delas afirma que o vereador agrediu a filha quando os dois estiveram jutos, há oito anos, e deve prestar depoimento nos próximos dias.
A menina, hoje uma adolescente, foi ouvida na Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente, no Rio de Janeiro, e relatou que os episódios de agressões eram recentes.
Henry não gostava de ir para a casa da mãe e do padrasto. Na noite em que morreu, o menino pediu para o pai não o levasse, e chorou muito.
Peritos realizaram a reconstituição da morte de Henry na última quinta-feira (1) no apartamento onde o casal mora na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O vereador Dr. Jairinho e Monique Medeiros não participaram da reprodução simulada da morte do menino de 4 anos.