Desde 2009 foram cinco registros de pacientes com câncer no sangue e HIV curados. Para tratar o câncer, eles receberam transplantes de medula óssea com mutação rara, resistente ao HIV. O último caso foi na Alemanha, mas médicos afirmam que o caminho para uma cura definitiva ainda é longo.
A combinação de tratamentos para eliminar o vírus do organismo atualmente é um farol que cada vez mais traz luz a um túnel que há quatro décadas estava completamente escuro. Para o virologista Roberto Dias, só aumentar a potência do tratamento não funciona.
“Só usar um medicamento pra acordar o vírus não funciona. só usar algum medicamento que mate as células do vírus também não funciona. só fazer uma vacina terapêutica, estimular a imunidade, também não funciona. Então a gente tem que juntar tudo isso para ter um tratamento mais efetivo e conseguir que as pessoas vivam sem o HIV e ele elimine o vírus de forma definitiva”, afirma.
O Lucas Raniel tem o vírus há 10 anos e vive uma vida normal tomando o coquetel antirretroviral. “É importante a gente falar dessa cura funcional que a gente tem hoje em dia, que é o medicamento que deixa a gente indetectável, que é igual a intransmissível. então hoje em dia a minha cura é eu poder ter o meu tratamento em dia, poder estar indetectável, com a saúde em dia", pontua.