Carne teve aumento médio de 20,84% em 2024, aponta IPCA

Dado representa a maior alta em cinco anos

Márcio Campos

Coxão mole, coxão duro, alcatra e patinho, os cortes mais populares de um açougue visitado pelo Jornal da Band tiveram 12% de aumento nos últimos meses de 2024. Nesse período, as proprietárias não conseguiram segurar o repasse. O contrafilé chegou a subir 20%. 

Em 2024, a carne teve um aumento médio de 20,84% para o consumidor, de acordo com o IPCA divulgado pelo IBGE. O dado representa a maior alta em cinco anos. Já em 2023, o cenário foi de redução de preços, com 9% de diminuição. 

Uma das explicações para o preço alto da carne não está no balcão dos açougues, e sim no campo. Isso acontece por causa do ciclo da pecuária bovina. Como houve excesso de produção, o preço caiu. O produtor vendeu boa parte do rebanho para compensar e, agora, falta boi para abater. 

Os bois que estão no pasto ainda não chegaram ‘no ponto’. Além disso, a seca prejudicou a pastagem que interfere na alimentação dos animais -  e o produtos precisa gastar mais para complementar a dieta. 

“Se a gente for contar esse período de 2 anos a 2 anos e meio, esse ciclo começa a mudar, provavelmente, no começo do ano de 2026. Muito provavelmente, os preços podem começar a retrair, ou pelo menos deixar de subir, a partir do segundo semestre, mas vai depender da demanda. Se continuar elevada, só início de 2026”, explicou a economista do Insper, Juliana Inhasz, ao Jornal da Band.

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