Três entidades que representam blocos de rua no Carnaval de São Paulo anunciaram nesta quarta-feira (5) que não vão participar da festa. O posicionamento vem um dia antes de a prefeitura da capital paulista decidir se mantém ou altera as regras para a folia de rua deste ano.
O Fórum de Blocos de Carnaval de Rua de São Paulo, a União dos Blocos de Carnaval de Rua do Estado (UBCRESP) e a Comissão Feminina de Carnaval de São Paulo assinaram um manifesto chamado “Te amo, São Paulo, mas não vou fazer seu Carnaval", onde criticam a falta de clareza e consenso das esferas de governo no combate à pandemia e na organização da festa. E também rechaçaram fazer desfiles em lugares específicos, como o autódromo de Interlagos.
Essas entidades representam quase 200 blocos na capital, como Bangalafumenga, Monobloco e Cerca Frango, por exemplo. Quase 700 blocos estavam previamente autorizados a desfilar.
“Todos concordamos que o Carnaval não deixará de ser comemorado, inclusive por blocos que assim desejarem, mas esperamos que cada grupo ou cidadão que queira celebrar a vida, o faça pensando na melhor forma de preservar a vida”, diz um trecho (veja a íntegra abaixo).
Os rumos sobre a realização ou não da folia serão baseados em um relatório epidemiológico que foi antecipado pela Vigilância Sanitária para a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB). No entanto, profissionais da saúde pedem o cancelamento da festa por causa do aumento de casos de Covid-19 e a presença da variante ômicron.
A prefeitura cogitou mandar alguns blocos para a folia no autódromo de Interlagos, que receberia eventos de menor porte e com a obrigatoriedade da comprovação da vacinação contra a Covid-19.
Até aqui, os desfiles das escolas de samba seguem mantidos para o Sambódromo do Anhembi.