Pesquisadores dizem que a variante ômicron parece ser menos agressiva do que se imaginava. Mas não dá para confundir agressividade com capacidade de contaminação. E a nova cepa tem alto potencial de infecção. Por isso os cuidados continuam os mesmos, com vacinação, máscara, álcool em gel e distanciamento social sempre que possível.
Gonzalo Vecina, ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), explica que ainda não é possível confirmar que a ômicron é combatida da mesma forma pelas vacinas atuais. Mesmo assim ele considera que o governo de São Paulo acertou ao acelerar a dose de reforço.
“A obrigação da Anvisa é defender a indicação que os fabricantes colocaram na vacina. Uma coisa é certa: a dose de reforço, a chamada terceira dose, é fundamental pra elevar a produção de anticorpos. Acho que é importante que a gente tome a dose de reforço pra manter a capacidade de resistir com alguma possibilidade de não ter doença grave, então tomar a dose de reforço no quarto mês acho que foi uma decisão acertada do estado de São Paulo e do Ministério da Saúde”, opinou Vecina.
No Brasil, o primeiro caso da variante ômicron foi registrado na semana passada e motivou uma série de decisões. Pelo menos 21 capitais já cancelaram festas do Ano Novo.