Para milhões de pessoas decolarem, voarem e pousarem em segurança no Aeroporto de Guarulhos, é preciso que os sistemas de comunicação funcionem bem. Parte fundamental do funcionamento de um aeroporto, foi justamente a comunicação que falhou na quinta-feira (29), causando atrasos em pousos e decolagens.
Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, um sinal de radiofrequência vindo do centro da cidade de Guarulhos interferiu na comunicação dos aviões com o sistema de GPS do aeroporto. Fiscais foram até o local, mas o sinal foi desativado antes.
O problema é grave, está longe de ser raro e passa principalmente pela ação de rádios clandestinas, as chamadas rádios piratas. De 2022 para cá segundo dados da Anatel, 265 rádios foram fechadas em São Paulo. Muitas operavam próximas aeroportos ou em rotas comuns de aeronaves. Onde se transformam em um risco para segurança dos voos.
Além da orientação via GPS, os sinais piratas interferem também na conversa enter pilotos e controladores de voo. Em julho, a PF federal fechou uma rádio pirata que operava próxima ao aeroporto de Viracopos, em Campinas. São rádios que operam sem licença, emitindo o sinal em frequências não autorizadas. Um crime que pode levar a até 4 anos de prisão.
Em 2021, um avião que transportava vacinas contra Covid-19 saiu da pista em Guarulhos, justamente pela interferência de uma rádio pirata durante o procedimento de pouso.