Condenado por estupro, o homem caminhava tranquilamente pela calçada. O rosto dele não escapa da câmera inteligente do sistema da prefeitura de São Paulo, identificado por reconhecimento facial. Logo na sequência, em um terminal de ônibus, o criminoso foi preso por guardas civis.
Outro homem foi identificado em segundos pelo mesmo sistema, batizado pela prefeitura como “Smart Sampa”, auxiliado por câmeras com tecnologia de inteligência artificial. Esse criminoso em questão estava foragido depois de não retornar de uma saída temporária. Integrante do Comando Vermelho, ele é condenado a 29 anos de prisão por dois assassinatos.
O Smart Sampa é um programa que funciona de maneira automatizada. O sistema analisa o rosto, cruza com os bancos de dados e emite o alerta para um guarda verificar. Desde setembro, o sistema integrado com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) já ajudou na prisão de 170 foragidos.
As câmeras são capazes de identificar os suspeitos, mesmo que eles tentem se disfarçar, usando óculos escuros, boné e até com mudanças no visual, como barba ou cabelo diferente. Em novembro, o Jornal da Band mostrou outros casos de procurados da justiça que acabaram presos por meio do reconhecimento facial.
A Guarda Civil Metropolitana (GCM), também com a ajuda do Smart Sampa, prendeu 1.380 pessoas, enquanto cometiam crimes, e colaborou para encontrar 28 pessoas desaparecidas.