Só de ver um café fresquinho, muita gente já começa a salivar. E o aroma então? A bebida faz parte do dia a dia do brasileiro. O problema é que esse gostinho está cada vez mais amargo. O preço não para de subir.
Do início do ano até agora, o pacote de café moído já aumentou mais de 30% para o consumidor.
O problema não ocorre só no Brasil, o maior produtor do planeta. Na semana, o produto registrou a maior cotação em quase 50 anos de negociações no mercado internacional. Os dois principais tipos de café comercializados no mundo subiram até 70%. O motivo é a chamada inflação climática.
Brasil, Vietnã e Colômbia, países que lideram a produção mundial, enfrentaram secas e queimadas que devastaram os cafezais. Só que o consumo do produto aumentou no mundo inteiro.
Agora, com a alta do dólar, a tendência é os produtores destinarem mais café para as exportações, o que ajuda o preço por aqui a subir ainda mais.
“Há uma tendência de que o dólar continue subindo porque nós temos problemas, aqui [no Brasil], de receita, de gasto em excesso. Eu acredito que ainda há um espaço para subir mais um pouco o preço”, analisou o economista Luís Roberto Antonik.