Mortes por covid-19 aumentam casos de briga por seguro de vida na Justiça

Em 2019, antes da pandemia, só 15% dos brasileiros tinham seguro de vida

Da Redação, com Jornal da Band

Brasileiros que perderam parentes para a covid-19 têm enfrentado um outro drama: nem todos os seguros de vida estão pagando indenização. É uma segunda batalha para muitas famílias.

Antes do coronavírus, as apólices de seguros de vida não previam a cobertura em casos de pandemia. Mas o aumento do número de óbitos levantou a discussão sobre esse tipo de contrato.

Segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), mais de 80% das seguradoras optaram por cobrir as indenizações por mortes provocadas pela covid-19, mesmo que não estejam incluídas no contrato original.

Mas, em muitos casos, as famílias têm que entrar na Justiça para garantir o pagamento.

“Cabe ao beneficiário procurar o Poder Judiciário, se basear no Código de Defesa do Consumidor, que estabelece que a excludente de cobertura nesse tipo de situação pode ser considerada uma cláusula abusiva”, explicou o advogado Diogo Mendes.

Em 2019, antes da pandemia, 15% dos brasileiros tinham seguro de vida, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Ibope em parceria com uma das maiores seguradoras do país. 

Se, por um lado, os pedidos de indenização aumentaram, houve também um crescimento do número de novos contratos. Nos dois primeiros meses de 2021, os contratos renderam R$ 300 milhões a mais para as seguradoras, em comparação com o mesmo período do ano passado.

"Após terem conseguido aumentar a sua receita, porque aumentou o número de pessoas procurando seguros de vida justamente para uma eventual cobertura em caso de óbito pela covid-19, hoje não podem mais recusar este pagamento.

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.