Brasileiro preso por suspeita de espionagem na Venezuela passou por “detector de mentiras”

Tudo começou depois dele fotografar e filmar o Palácio Miraflores, sede da presidência, e publicar uma mensagem irônica na internet

Da redação

O turista brasileiro que foi preso na Venezuela em outubro, acusado de espionagem, deu detalhes sobre o que aconteceu em Caracas. Tudo começou depois dele fotografar e filmar o Palácio Miraflores, sede da presidência, e publicar uma mensagem irônica na internet.

A mensagem publicada dizia “vou ter uma conversa séria com Nicolás Maduro”. Foram 15 dias atrás das grades, Anderson Bonente foi preso pela Polícia Nacional venezuelana em setembro. No entanto, só agora, revelou detalhes do que aconteceu na prisão. Ele só foi liberado depois que a embaixada do Brasil entrou em ação.

“Um rapaz lá, o exército ou a guarda nacional, um desses dois, enfim, ele me abordou lá e perguntou meu nome, pediu identidade, pediu para olhar o celular e tudo mais”, disse Anderson. 

O turista brasileiro contou que foi interrogado várias vezes com o que descreveram como “detector de mentiras”. Os agentes perguntaram se Anderson era espião do Itamaraty ou se tinha alguma ligação com a líder da oposição de Maduro, Maria Corina Machado. 

Nas últimas semanas, a relação entre Brasil e Venezuela enfrentou fortes atritos. A ditadura chavista criticou duramente o Itamaraty e fez ataques ao governo brasileiro. Mesmo assim, o chanceler Mauro Vieira disse, nesta terça (12), em entrevista à Band que a relação entre os dois países continua. 

“O Brasil não reconhece o resultado de eleições, não reconhece governos, o Brasil só reconhece estados e nesse caso, a relação com a Venezuela permanece a mesma, não vai mudar nada reconhecemos o estado venezuelano”, disse Mauro. 

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