
A inflação dos itens básicos compromete cada vez mais o orçamento das famílias. Não sobra muito para gastar com outras coisas depois de pagar as despesas essenciais.
Comida, aluguel, luz, água, transporte, educação, saúde... são contas básicas de cada família. Esse grupo de itens essenciais encerrou fevereiro com alta de 6%, acima da inflação geral, com 5,1%.
Quanto mais gastos com itens essenciais, menos sobra para realizar outros desejos ou pagar dívidas e financiamentos, por exemplo. Essa sobra é chamada de renda disponível. Na média, está sobrando 42% do salário dos brasileiros. Há 10 anos, o trabalhador podia contar com mais de 45% do orçamento após pagar os gastos essenciais.
“Prejudica a quitação de dívidas, e isso pode gerar um aumento na inadimplência, já que o poder de compra está menor e as pessoas estão comprometendo essa renda com itens essenciais”, disse a economista Isabela Tavares ao Jornanl da Band.
Cerca de R$ 2,6 mil é a renda mensal da Vilmara e do marido, que é pintor. Depois de pagar o básico, sobra para o casal e os dois filhos pouco mais de R$ 38%. Ao ver o poder de compra encolher, a família teve que adiar alguns sonhos.
“Deixar de trocar a máquina de lavar e construir mais um cômodo”, disse.