Saiu, nesta terça-feira (5), o resultado do Pisa 2022, exame que avalia o nível da educação no mundo todo. O desempenho dos estudantes brasileiros e de vários países desenvolvidos piorou.
A prova do Pisa é como se fosse um grande ENEM para o mundo. É a principal métrica para saber como anda a educação de cada país. Se o Brasil dependesse desse resultado para entrar numa boa universidade estaria em apuros.
Em um ranking de 81 países, os estudantes brasileiros ficaram na posição de número 65 em matemática, 61 em ciências e 52 em leitura. O desempenho ficou abaixo da média global e também as notas que o país atingiu em 2018. O teste é feito com adolescente de 15 anos de idade.
O Reino Unido, que é apontado como um país que - historicamente - tem um bom sistema de ensino, caiu posições no ranking de 2018 para cá e agora aparece apenas em décimo quinto lugar. Embora a pandemia tenha afastado alunos das salas de aula e comprometido o aprendizado de toda uma geração e no mundo todo, esse não é o único motivo.
É só olhar os países que lideram o ranking. Todos estão na Ásia. Eles têm uma coisa em comum: a valorização e o preparo dos professores.
Singapura ficou em primeiro lugar. O salário médio de um professor é de US$ 3,2 mil por mês - quase R$ 16 mil. Há ainda diversas bonificações por trabalhos extras e incentivos para pagar menos impostos. Existem ainda os chamados super-professores que têm ganhos mensais de o equivalente a R$ 400 mil por mês.
Mas para além da boa remuneração, tem outro ponto preocupante. O uso excessivo de celulares e outros dispositivos digitais também impactaram nos resultados. Alunos que usam os aparelhos de cinco a sete horas por dia tiveram notas menores na média. Seis em cada 10 estudantes afirmam que se sentem distraídos.
Por isso, já há muitos países abandonando as telinhas em sala de aula e voltando ao formato tradicional.