O número de brasileiros desempregados ficou estável, segundo a última pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A novidade é que mais gente voltou a buscar – e a encontrar – trabalho.
É o caso de Diogo Corrêa. Foram três anos trabalhando com carteira assinada em uma empresa de telecomunicações, mas veio a demissão e Diogo resolveu se virar. Comprou um carrinho de cachorro-quente e está conseguindo pagar as contas.
“As contas continuam vindo e a gente tem que se virar da maneira que dá, né?”, diz.
Ele faz parte da legião de trabalhadores por conta própria, única categoria de ocupação que cresceu entre março e maio em relação à pesquisa anterior do IBGE
“Muita gente vai buscar o empreendedorismo por necessidade”, reconhece o economista Daniel Poit.
Segundo levantamento, 14,8 milhões de pessoas terminaram o mês de maio desempregadas, número quase estável em relação ao início do ano. O que chama atenção é que a força total de trabalho cresceu em relação ao mesmo período de 2020, quando o Brasil já sofria com a pandemia do novo coronavírus.
Isso indica que mais pessoas que estavam sem esperanças de conseguir um trabalho voltaram a buscar ocupação.
O ministro Paulo Guedes, da Economia, rebateu os dados e disse que o IBGE está “na Idade da Pedra Lascada”, afirmando que essa pesquisa é defasada por feita por telefone, enquanto o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que mostra números positivos, traz dados que as empresas passam para o governo e apresenta índices melhores.