Brasil se despede de Nelson Sargento, símbolo da resistência do samba

Músico morreu nesta quinta-feira (27), aos 96 anos, vítima da Covid-19

Da Redação, com Jornal da Band

Nelson Sargento nasceu em 25 de julho de 1924 e entrou no mundo do samba aos 10 anos de idade, quando foi morar no Morro do Salgueiro.

Mas o enredo da vida de Nelson Sargento tomou outros rumos e cores diferentes quando ele se mudou para um outro morro da zona norte do Rio de Janeiro: o da Mangueira. Lá, se consagrou como um baluarte.

Foi o símbolo da resistência do samba, com uma voz doce e serena. Com Alfredo Português e Jamelão, também escreveu o samba-enredo “As quatro estações do ano”, que conduziu a Verde-e-Rosa em 1955 e entrou para a história dos Carnavais.

Em 96 anos de vida, também foi ator, se aventurou na pintura e lançou três livros. Não cansava de se reinventar. Chegou a criar um canal no YouTube e fez uma live durante a pandemia.

O último aniversário de Nelson Sargento, é claro, não passou em branco, reunindo virtualmente diversos músicos.

Nelson tratava um câncer de próstata desde 2005. No final de abril, deu entrada no Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Rio, e testou positivo para o novo coronavírus, mesmo depois das duas doses da vacina.

Estava na UTI desde sábado e não resistiu. Por causa da pandemia, não haverá velório. Ele será cremado em uma cerimônia restrita à família.

Nelson Sargento deixa nove filhos – e um vazio no mundo do samba.

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