Com a abertura de mais uma investigação, dessa vez sobre vazamento de informações sigilosas da Polícia Federal sobre suposto ataque hacker ao sistema eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro passou a ser alvo de cinco inquéritos: quatro no supremo e um no TSE.
São eles: o que trata da suposta interferência do presidente na Polícia Federal; a determinação para investigar o presidente soube de um suposto esquema de corrupção na saúde envolvendo a vacina Covaxin e não agiu; o inquérito das fake news, sobre divulgação de informações falsas; e o mais recente, sobre vazamento de informações sigilosas.
No TSE, o inquérito administrativo apura ataques, sem provas, contra o sistema eletrônico de votação.
O presidente só é transformado em réu se o Procurador-Geral da República considerar que crimes foram cometidos e o Congresso autorizar a abertura de processo. Augusto Aras, com pedido de recondução para o cargo formalizado por Bolsonaro, não tem prazo para decidir.
Bolsonaro evitou falar do assunto em Brasília e no Ceará, onde esteve nesta sexta-feira (13) para a entrega de casas. A única menção à mais nova investigação pedida pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes foi na tradicional live da última quinta (12). O inquérito foi aberto após Bolsonaro ter prometido trazer provas de fraudes nas urnas eletrônicas. Para isso, divulgou uma investigação sigilosa da Polícia Federal de 2018, sobre uma tentativa de invasão do sistema externo da justiça eleitoral, sem, segundo o tribunal, manipulação de resultados.
“O inquérito interessa para todos nós. Se interessa para todos nós, tem que ser público. Ia ficar escondido até quando, se eu não falo?”, alegou o presidente.
Moraes também pediu ao TSE que investigue o ministro da Justiça Anderson Torres por campanha antecipada, já que ele apareceu ao lado do presidente na live em que ocorreram ataques à urna eletrônica.
Em depoimento ao tribunal, Torres disse que não tem prova de fraudes no sistema do TSE.