Bolsonaro diz que filha não tomou vacina por apresentar quadro alérgico

PF investiga suspeita de fraudes em dados de vacinação contra Covid-19

Jornal da Band

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que a filha Laura foi proibida, por orientação médica, de tomar a vacina contra o coronavírus por apresentar quadro alérgico.

Bolsonaro é alvo de investigação que apura possível fraude em cartões de vacinação, incluindo os dele, o da filha Laura, e aponta que as inserções falsas dos dados sobre vacinação no sistema do Ministério da Saúde, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência “a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários”.

Além disso, pessoas puderam emitir os certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias impostas pelos poderes públicos do Brasil e dos Estados Unidos. As medidas foram adotadas pelos dois países na tentativa de impedir a disseminação e propagação do coronavírus, causador da covid-19.

Investigação

A PF emitiu seis mandados de prisão preventiva e todos foram cumpridos. Além disso, outros 16 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Brasília e no Rio de Janeiro. O órgão vai fazer a análise do material apreendido e deve realizar oitivas de pessoas que são alvos da operação. 

As investigações apontam que as inserções falsas dos dados sobre vacinação no sistema do Ministério da Saúde, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração de dados relacionados à imunização contra a Covid-19 no país. Além disso, pessoas puderam emitir os certificados de vacinação e utilizá-los para burlar as restrições sanitárias impostas pelos poderes públicos do Brasil e dos Estados Unidos, destinados a impedir a disseminação e propagação do coronavírus. 

“A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”, informou a Polícia Federal. 

Os fatos são investigados dentro do inquérito que apura a atuação das “milícias digitais”, em tramitação no Supremo Tribunal Federal. 

Segundo a PF, os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

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