As bolsas de valores na Ásia registraram quedas recordes nesta segunda-feira (7) como resultado da escalada da guerra tarifária entre Estados Unidos e China. A decisão do presidente Xi Jinping de retaliar as tarifas de Donald Trump deixou claro que a China está preparada para uma guerra comercial.
Pequim declarou que não está mais se iludindo com a possibilidade de um acordo, mas ainda mantém a porta aberta para possíveis negociações.
“O abuso das tarifas dos Estados Unidos infringe severamente os direitos e interesses legítimos de outros países, viola seriamente as regras da Organização Mundial do Comércio, prejudica gravemente o sistema de comércio multilateral baseado em regras e perturba a ordem e a estabilidade econômica global”, disse o porta-voz do Ministério das Relações exteriores da China, Lin Jian.
O Partido Comunista Chinês disse hoje que prepara esforços extraordinários para lidar com às tarifas dos Estados Unidos. O foco será impulsionar o consumo doméstico e adotar medidas para estabilizar o mercado. O governo chinês também promete assistência às indústrias e às empresas mais afetadas.
No mercado acionário, o dia foi de recordes negativos depois da retaliação chinesa e da nova ameaça de Trump, de sobretaxar em mais 50% os produtos exportados. A bolsa de Hong Kong registrou o pior dia em 30 anos com uma queda 13,2%. No Japão, a bolsa de Tóquio caiu 7,8% depois de acionar o circuit breaker e suspender as negociações no início do pregão. Em Xangai, a queda foi de 7,3%.