O cessar-fogo está em risco no Oriente Médio. Os ataques entre Israel e Hezbollah continuam mesmo depois do acordo firmado há pouco mais de uma semana.
A Força Aérea de Israel realizou ataques aéreos em várias regiões do Líbano, atingindo a infraestruturas do Hezbollah. Segundo o exército israelense, a ação foi uma resposta ao disparo de dois morteiros contra a região do Monte Dov, no norte de Israel
O grupo xiita libanês afirmou que o ataque foi um aviso contra o que chamou de violações repetidas do acordo.
Israel anunciou que continuará a atacar qualquer posição do Hezbollah no sul do Líbano, alegando que o grupo deve retirar completamente suas forças da região ao sul do rio Litani, conforme estipulado no cessar-fogo.
Estados Unidos e França, que ajudaram a costurar essa trégua pedem moderação. A Casa Branca reiterou que, apesar das violações, o cessar-fogo ainda está de pé. Um general americano já está no Líbano para monitorar a situação de perto.
No outro front de guerra, a Faixa de Gaza continua a ser bombardeada. Autoridades locais afirmam que 36 palestinos morreram e 96 ficaram feridos nas últimas 24 horas.
Além da pressão internacional, Benjamin Netanyahu também sofre pressão interna. O ex-Ministro da Defesa do país, J Ya'alon, disse que o premiê está cometendo crimes de guerra e que Tel Aviv promove uma limpeza étnica em Gaza.
Netanyahu parece estar cedendo e afirmou que há discussões sobre um possível acordo de cessar-fogo com a libertação de reféns em Gaza, com mediação do Egito. O Hamas demonstrou abertura para negociar, mas reforçou suas exigências da retirada das tropas israelenses e entrada de ajuda humanitária.