A oposição venezuelana foi às ruas para pressionar Nicolás Maduro, na véspera do início do terceiro mandato do ditador chavista Maria Corina Machado, uma das líderes da oposição - que não era vista há cinco meses - reapareceu. Ela disse que chegou a ser detida na manifestação.
Protestos organizados por partidos da oposição foram realizados em todo o país. Com faixas e bandeiras com as cores da Venezuela, os manifestantes pediam a libertação de presos políticos, dignidade e liberdade.
Os atos foram realizados um dia antes da nova posse presidencial de Nicolás Maduro, que vai iniciar o terceiro mandato. A oposição alega ter vencido as eleições de julho do ano passado.
A autoridade eleitoral e o tribunal superior da Venezuela, ambos controlados pelo regime chavista, nunca divulgaram as atas eleitorais com os resultados detalhados. A segurança em Caracas foi reforçada.
A líder da oposição, Maria Corina Machado comandou o protesto na capital venezuelana, sua primeira aparição pública em cinco meses. Ela é acusada de uma série de crimes pelo Ministério Público do país- também controlado por Maduro.
Momentos depois de discursar para uma multidão, ela apareceu usando um casaco e um capacete preto, sendo levada por outro homem de capacete. De acordo com a oposição, ela foi detida. Mais tarde, a própria Corina gravou um vídeo dizendo que teve seu dinheiro e documentos retidos, mas que já estava a salvo.
A oposição diz que Corina foi obrigada a gravar o vídeo e irá se manifestar em breve. Em outro ponto de Caracas, apoiadores de Maduro realizaram uma motociata. Protestos contra o ditador venezuelano também foram registrados nas capitais de países como Colômbia, Peru e Espanha.