Aprovado no Senado, PEC da Transição deve ter caminho mais difícil na Câmara

PEC deve ser votada na próxima semana na Câmara dos Deputados

Por Túlio Amâncio

Aprovado no Senado, PEC da Transição deve ter caminho mais difícil na Câmara
Reprodução

Aprovada em dois turnos no Senado Federal, a PEC da Transição deve ter um caminho difícil na Câmara dos Deputados.

O presidente eleito Lula (PT) e aliados já se aproximaram do presidente da Câmara, Arthur Lira, que se comprometeu em colocar a PEC da transição para ser votada na semana que vem. 

Para a promessa ser cumprida, a Câmara vai unir essa proposta a outra que já passou pelas comissões obrigatórias: A PEC 24 de 2019, que exclui do teto de gastos as despesas de instituições federais de ensino.

Poucos aliados de Lula esperavam aprovar a PEC no Senado com tanta facilidade. Foram 15 votos a mais que o mínimo necessário no primeiro turno e 14 no segundo. O relator do texto, Alexandre Silveira (PSD), teve um papel fundamental nas negociações. E ganhou força entre os possíveis nomes para o ministério da Infraestrutura. 

Na Câmara, a missão de manter o texto sem mudanças será do relator Elmar Nascimento. Aliado de Lira, o deputado do União Brasil tem bom trânsito com todos os lados da Casa. Os senadores aprovaram uma expansão no teto de gastos de R$ 145 bilhões por dois anos para garantir o bolsa família em R$ 600, mais R$ 150 por criança de até seis anos.

Mas deputados do PL, partido de Jair Bolsonaro, querem reduzir de R$ 145 bilhões para R$ 100 bilhões o limite da âncora fiscal.

Se o texto for alterado, a proposta volta para o Senado e será necessário estender o ano legislativo para concluir a votação.

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