
Novos protestos na Faixa de Gaza pelo fim do conflito do Hamas com Israel. No Egito, mediadores tentam acelerar as negociações para uma segunda etapa do cessar-fogo. Esse foi o segundo dia consecutivo de protestos, algo extremamente raro em uma região onde o Hamas controla com muita rigidez qualquer sinal de dissidência.
Um alto oficial do Hamas tentou minimizar a situação e afirmou que as manifestações são reflexo do sofrimento da guerra, mas acusou forças externas de tentarem manipular a situação.
Em meio a essa crescente insatisfação, uma delegação do Egito foi ao Catar para tentar intermediar um novo acordo de cessar-fogo e a liberação de reféns israelenses. As negociações, no entanto, seguem travadas, com Israel exigindo a eliminação total do Hamas.
Aconteceram protestos também em Israel. Parte na população critica não só a continuação da guerra, mas ainda uma polêmica reforma no judiciário.
O governo Netanyahu quer limitar os poderes da Suprema Corte. Hoje, os juízes podem barrar leis e decisões do governo se considerarem que violam princípios democráticos. Netanyahu e sua base aliada, que inclui partidos ultranacionalistas e religiosos, dizem que as mudanças são necessárias para devolver força ao Parlamento eleito.
Já os críticos alegam que essa reforma enfraquece a democracia e pode abrir caminho para um governo sem freios.