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Após maior ataque de Israel ao Líbano em 20 anos, libaneses tentam escapar dos bombardeios

Quase 500 pessoas morreram, mais de 1,6 mil estão feridas; escalada do conflito causa temor nos países vizinhos

Por Eduardo Barão

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Estradas congestionadas e correria para fugir do sul do Líbano, alvo dos maiores ataques de Israel ao país nos últimos 20 anos. Pelo menos 492 pessoas morreram, mais de 1,6 mil estão feridas. O ataque ao Hezbollah, grupo xiita no país, teve resposta: mais de 165 foguetes foram lançados contra o território israelense. 

Em carros lotados, famílias inteiras tentavam escapar dos bombardeios. No meio da multidão, também há brasileiros. Fatima Cheaitou disse que acordou assustada com o barulho das bombas. E pediu ajuda do governo brasileiro. “Acordamos com muitas bombas, bombardearam perto da minha casa, da casa dos meus avós”, contou em vídeo publicado nas redes sociais. 

Moradores do sul do Líbano contam que receberam ligações para ficar longe das bases do Hezbollah. Israel também publicou alertas, horas antes dos bombardeios. Disse que o alvo seria a região de Bekaa, que até então havia sido poupada.

Os ataques aéreos em massa contra o sul do Líbano começaram nas primeiras horas do dia e continuaram até o fim desta segunda-feira (23) As imagens impressionam. Bombas atingiram prédios de civis. Nuvens de fumaça cobriram a região. A tensão tomou conta. Escolas foram fechadas em todo o país. Hospitais cancelaram cirurgias.

É um conflito mais aberto do que nunca. Israel diz que o objetivo é devolver 80 mil israelenses de volta às suas casas no norte do país. Diferente do Hamas, o grupo xiita que domina o sul do líbano é mais poderoso. Tem mais de 60 mil soldados, e 160 mil mísseis e foguetes de alta precisão capazes de atingir cidades importantes em Israel.

Nos Estados Unidos, o Pentágono anunciou que mais soldados americanos serão enviados para o Oriente Médio. O governo admitiu que teme que a escalada entre Israel e Hezbollah resulte numa guerra total no Oriente Médio. Netanyahu, premiê de Israel, foi aos microfones nesta segunda. Prometeu continuar com a escalada dos confrontos.

O presidente do Irã está em Nova York., é a estreia dele na ONU. Masou Pezshkian disse que os ataques de Israel são uma armadilha para jogar seu país em um conflito mais amplo no Oriente Médio.

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