Após a demissão do ex-ministro Silvio Almeida, alvo de denúncias de assédio sexual, movimentos ligados aos direitos humanos defender que uma mulher negra assuma o ministério, o que deve ser acatado pelo presidente Lula.
Entre os nomes cotados, estão a professora Nilma Gomes, primeira reitora negra de uma universidade pública no Brasil e a deputada estadual mineira Macaé Evaristo.
Rita Cristina de Oliveira, secretária executiva e número dois do Ministério dos Direitos Humanos, pediu exoneração do cargo logo após a demissão de Silvio Almeida. Com isso, Lula designou a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dwek para ocupar interinamente a pasta.
A Polícia Federal abriu inquérito para apurar as denúncias contra o ex-ministro pelos crimes de assédio e importunação sexual. Ele deve ser ouvido nos próximos dias, assim como Anielle Franco. A Comissão de Ética da Presidência e a Controladoria Geral da União também investigam a conduta de Silvio Almeida, que estava no governo desde o início do terceiro mandato de Lula.
O ex-ministro disse por meio de nota que foi ele quem pediu ao presidente Lula para ser demitido, para garantir total liberdade de isenção nas investigações e que é o maior interessado em provar inocência.
Depois da demissão de Silvio Almeida, Anielle se manifestou apenas nas redes sociais. “Tentativas de culpabilizar, desqualificar, constranger ou pressionar vítimas a falar em momentos de dor e vulnerabilidade também não cabem, pois só aumentam o ciclo de violência”, escreveu a ministra da Igualdade Racial.