Os efeitos colaterais da crise no Oriente Médio ecoam pelo mundo. Nos últimos dias, a Holanda tem sentido toda essa tensão. Nesta segunda-feira (11), o país decidiu fechar a fronteira terrestre com a Bélgica e a Alemanha a partir de dezembro.
Após israelenses terem sido agredidos em Amsterdã, a polícia proibiu atos pró-palestina na capital holandesa. Mas, centenas de manifestantes desafiaram a ordem. Diversas pessoas foram detidas e multas por perturbação pública e vandalismo também foram aplicadas.
Na quinta-feira, as seleções da França e de Israel se enfrentam em Paris. Quatro mil policiais foram mobilizados para garantir a segurança do jogo, em país que abriga as maiores comunidades muçulmanas e judaicas da Europa. O governo israelense recomendou que seus cidadãos evitem comparecer ao estádio.
Enquanto isso, em um único ataque israelense, cerca de 36 pessoas morreram no campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza. Entre as vítimas, 15 eram menores de idade. Desde o começo da guerra, há 400 dias, 70% das mortes no enclave palestino são mulheres e crianças.
Depois de mais de um mês, Israel liberou a entrada de caminhões com ajuda humanitária por Erez, no norte de Gaza. Perto dali, mais de 350 famílias montaram tendas em um estádio de futebol.
No outro front de guerra, mais mortes e destruição: 23 pessoas foram mortas num bombardeio no vilarejo de Almat, que fica ao norte da capital do Líbano, Beirute. O grupo xiita Hezbollah reagiu disparando mais de 80 mísseis.
O sistema de defesa interceptou a maioria dos foguetes. Ainda assim, alguns atingiram carros e prédios em Haifa, a terceira maior cidade israelense.