Aluguéis de imóveis tiveram maior alta em 11 anos; valor subiu 16,5% em média

Goiânia e Florianópolis são as capitais que tiveram maior crescimento nos preços

Ticiano Kessler

Os aluguéis de imóveis tiveram em 2022 a maior alta em 11 anos, devido ao aumento da procura. Goiânia e Florianópolis lideram entre as capitais. O preço médio subiu 16,5%, segundo o FIPEZAP MAIS. A alta é a maior desde 2011, bem acima do IGP-M, usado na correção de contratos e do IPCA, que não chegou a 6%.

Fernanda Cavalcante, que trabalha como corretora de imóveis, sentiu o reajuste nos últimos anos. Ela, que também é cliente, só não mudou de apartamento porque viu o mercado inflacionado e negociou a correção. “Consigo um reajuste mais em conta que fique bom para mim e para o proprietário, normalmente a metade”, afirma.

Em Goiânia, o preço subiu 32,9%, seguido por Florianópolis, com 30,5%; Curitiba, com 24,4%; Fortaleza, com 21,3% e Belo Horizonte, com 20%. A porcentagem superou capitais mais caras, como Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

Entre as 25 cidades monitoradas, a média do aluguel só não subiu acima da inflação em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Os preços não aumentaram só na locação, o valor médio de venda de móveis residenciais teve, no ano passado, maior reajuste em oito anos.

O reflexo do aquecimento no mercado é destaque. O economista Guilherme Klein pontua que o aluguel muitas vezes está atrelado ao valor de venda do imóvel. Além disso, proprietários tentam recompor perdas registradas no início da pandemia da Covid-19, mas o cenário pode mudar.

“Agora a taxa de juros e alta, o custo do financiamento é maior e isso deve dar uma represada no preço dos imóveis e mais lá na frente no preço dos aluguéis também”, afirma.

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