O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta sexta-feira (6), a demissão do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, após acusações de assédio. Antes, outros políticos, já nomeados, deixaram o terceiro mandato de Lula, entre eles, Flávio Dino e Gonçalves Dias. Veja a lista:
No início de 2023, o general Gonçalves Dias pediu demissão do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. A demissão aconteceu depois da divulgação de um vídeo mostrando a atuação dele durante os atos criminosos de oito de janeiro.
No vídeo, Gonçalves Dias abre uma porta e entre no gabinete. Mais tarde, o ex-ministro caminhou no corredor ao lado de alguns invasores. As imagens sugeriram que ele indicou a saída de emergência ao grupo.
Pouco tempo depois, a ex-ministra do Turismo, Daniela Carneiro, também pediu demissão. A instabilidade de Carneiro no cargo era perceptível ao longo do mês de junho de 2023. A decisão foi divulgada por seu marido, o então prefeito de Belford Roxo, Waguinho, que afirmou que a saída foi acordada em reunião com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Daniela teria pedido desfiliação do partido para se filiar a mesma legenda do marido, o Republicanos, o que dificultava a negociação com os parlamentares da União.
Em setembro do mesmo ano, o presidente Lula anunciou a saída de Ana Moser do ministério do Esporte. A decisão foi tomada no Palácio do Planalto. Para ocupar a vaga, o então deputado federal André Fufuca, do PP, foi o escolhido.
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi indicado por Lula, em dezembro de 2023, para ser ministro do Supremo Tribunal Federal, ocupando a vaga deixada por Rosa Weber, que se aposentou ao completar 75 anos.
Após ter sido indicado por Lula, Dino teve o nome aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, por 17 votos a 10. Em seguida, ele também foi aprovado pelo plenário da Casa com placar de 47 votos a 31.
Nesta sexta-feira, Lula anunciou a demissão de Silvio Almeida. Em nota publicada, a presidência pontuou que “diante das graves denúncias contra o ministro Silvio Almeida e depois de convoca-lo para uma conversa no Palácio do Planalto, no início da noite desta sexta-feira (6), o presidente Lula decidiu pela demissão do titular da Pasta de Direitos Humanos e Cidadania”.
Silvio foi alvo de uma série de acusações de denúncias de assédio sexual, que foram reunidas pela ONG Me Too, movimento contra o assédio e agressão sexual.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, confirmou que sofreu assédio sexual por parte no ex-ministro. Ela teria confirmado os abusos para a Advocacia Geral da União, Controladoria Geral da União e ao Ministério das Mulheres.
Sem dar detalhes, Anielle teria dito na reunião que os assédios foram com “palavras e ações”.