O abuso no consumo de álcool causa 12 mortes por hora no Brasil. Embora o consumo per capita tenha caído de 8,6 litros em 2010 para 7,7 litros em 2019, ele ainda está acima da média das Américas, segundo o Centro de Informação sobre Saúde e Álcool (CISA).
Em entrevista ao Jornal da Band, uma pessoa, considerada alcoólatra, relatou a sua experiência quando criança, ao observar os adultos consumindo bebida alcoolica, e afirmou: “consegui ser pior”.
“Aos 14 anos, eu gostava de ver os outros bebendo. Eu venho de família alcoólica. Meu pai, meu avô eram "alcoolicos" e cresci falando ‘não quero ser uma bêbada igual a eles’. Aí, consegui ser pior que os dois juntos”, disse.
De acordo com a Fiocruz, o consumo abusivo de bebidas alcóolicas causa uma morte a cada cinco minutos no Brasil, e custa quase R$ 19 bilhões por ano, considerando os gastos com a saúde somados à perda de produtividade no Trabalho.
No SUS, a porta de entrada para o tratamento são os Caps, Centros de Atenção Psicossocial. De acordo com dados do Ministério da Saúde, existem cerca de 3 mil unidades no país.
Ao chegar, o paciente conversa com um profissional e monta um cronograma, como oficinas e terapias em grupo. Ele também pode se consultar com médicos, psicólogos e assistentes social.
Muitas vezes, o tratamento inclui medicamentos. São anticonvulsionantes para controlar o impulso de beber, ansiolíticos para crises de abstinência e vitaminas para ajudar na recuperação do organismo.
“Tratamento de dependência de álcool é um dos grandes desafios do mundo todo. Remédios são importantes, mas não são milagrosos. Para cuidar da dependência do álcool, acho que atividade física é importante, esportes, fé, meditação, vontade de querer sair disso”, explicou Arthur Guerra, psiquiatra especialista em dependência química, ao Jornal da Band.