
O que deveria ser mais um dia de embarques, despedidas e reencontros se transformou em caos e desespero. Um incêndio na estação de energia a de 2 km do aeroporto de Heathrow causou um apagão geral na região, que fica na zona oeste de Londres. O efeito cascata afetou a aviação no mundo todo.
Documentos de 2022 já alertavam para o risco iminente. A subestação de North Hyde operava a 106,2% de sua capacidade. O crescimento acelerado da demanda por energia, puxado principalmente pela instalação de novos data centers, sufocou a infraestrutura elétrica da região.
Mais de 1,3 mil voos foram cancelados, afetando cerca de 220 mil passageiros. Alguns aviões tiveram rotas desviadas para aeroportos da Europa; outros precisaram voltar ao local de origem. A maioria dos voos com partidas do Brasil foi direcionado para Madri, na Espanha.
O fogo começou na noite de quinta-feira, destruindo um transformador sobrecarregado e liberando 25 mil litros de óleo em chamas. Quase 5 mil casas também ficaram sem energia.
O caso levanta um questionamento: como um aeroporto desse porte depende de uma única subestação elétrica? O governo do Reino Unido disse que um incêndio assim é bastante incomum. Investigações preliminares não apontam sabotagem ou ação deliberada. As autoridades trabalham, no momento, com a possibilidade de um acidente.
A polícia antiterrorista também trabalha nas investigações.
O governo promete respostas e cobra explicações da empresa que administra o Heathrow.
O aeroporto disse que deve retomar alguns voos hoje à noite e espera reabrir por completo a operação amanhã. Mas há a expectativa de atrasos e mais cancelamentos.