Adriana Araújo: Tratar mulheres estupradas como se fossem assassinas é cruel

Adriana Araújo comenta o avanço do projeto que equipara aborto, mesmo em casos de estupro, ao crime de homicídio

Adriana Araújo

Os deputados fazem conchavos e aprovam a urgência de um projeto que nem deveria existir. Tratar mulheres estupradas como se fossem assassinas é cruel. É covarde. É tripudiar sobre a dor de meninas, porque 60% das vítimas de estupro, no nosso país, são menores de 14 anos.

Sabe quem deve rir com essa ideia e aplaudir os senhores deputados? Os estupradores. E têm outras situações. Coloque-se no lugar de uma mulher que, depois das 22 semanas de gestação, descobre que corre risco de vida. Como está no projeto, se essa mulher abortar ela vai presa. Se não abortar, pode morrer. 

Gravidas, no momento de imensa dor, vão ter que escolher: a morte ou a cadeia? E os deputados têm a sordidez de dizerem que estão defendendo a vida. Tenham vergonha. Tenham vergonha.

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