A apresentadora Adriana Araújo criticou a estratégia usada pela defesa de Daniel Alves de alegar que o ex-jogador estava embriagado na noite em que foi acusado de estuprar uma mulher em uma boate na Espanha, em dezembro de 2022.

"Se beber, então, não responde por nada? Não tem culpa de um estupro, que é a acusação? Aqui no Brasil isso não vale, viu?", afirmou a jornalista no Jornal da Band desta terça-feira.

O primeiro a depor foi o diretor da boate Sutton, onde teria ocorrido o estupro. Segundo ele, a mulher estava muito abalada e chegou a dizer que havia entrado no banheiro de forma voluntária, mas que foi impedida por Daniel Alves de sair do local. Ele também disse que o ex-jogador ou tinha bebido, ou usado alguma substancia, que não estava normal.

A segunda testemunha, Bruno Brasil, um amigo de Daniel Alves que estava com ele na boate, reforçou a tese de embriaguez- que agora virou a versão principal da defesa. Bruno disse que antes de irem a boate, o jogador havia bebido uma garrafa e meia de vinho, além de doses de whisk num restaurante. Outros dois amigos tambem afirmaram que Daniel Alves estava bêbado.

A esposa de Daniel Alves, a modelo espanhola Joana Sanz, foi a ultima a ser ouvida. Segundo ela, o ex-jogador chegou alcoolizado em casa, trombou no armário e caiu na cama. Depois do escândalo, Joana chegou a anunciar a separação, mas ao longo do processo desistiu do pedido de divórcio.

O Ministério Público pede nove anos de prisão para o ex-jogador e multa equivalente a R$ 800 mil. A defesa diz que a relação sexual foi consentida e quer a absolvição. Mas, em caso de condenação, a aposta é na redução de pena por causa da tese de embriaguez.