Acusado de gerenciar finanças de máfia italiana no RN morava no estado há 8 anos

Polícia Federal divulgou cheques de R$ 2 milhões assinados por Giuseppe Bruno, o que mostra poder da facção; ele foi preso em flat de luxo em Natal

Da redação

Acusado de gerenciar finanças de máfia italiana no RN morava no estado há 8 anos
Guarda de Finança da Itália ajudou em investigação
Reprodução/Band

Giuseppe Bruno, preso acusado de gerenciar as finanças da máfia italiana Cosa Nostra no Rio Grande do Norte, morava há pelo menos oito anos na capital, Natal. É o que aponta a Polícia Federal, que divulgou nesta quinta-feira (15) cheques de R$ 2 milhões assinados por Giuseppe, o que dá uma dimensão do poder financeiro da organização criminosa. 

Os três cheques foram assinados em 2017 e a PF agora investiga se quem recebeu os valores teria ligação com os criminosos. Giuseppe foi preso em um flat de luxo onde vivia, na Zona Sul de Natal nesta semana, em operação realizada pela PF em conjunto com o Ministério Público Federal e autoridades italianas. 

Segundo os agentes federais, ao todo 16 pessoas são investigadas na operação, mas a maioria está fora do país. Na terça-feira (13), cinco suspeitos foram alvos de busca e apreensão, porque não foram localizados. 

As investigações mostram como a máfia italiana Cosa Nostra atuava no Brasil, por meio de lavagem de dinheiro de outros crimes, como tráfico de drogas, assassinatos, exploração sexual e extorsão. O dinheiro de origem criminosa era escondido com empresas laranjas e a compra de imóveis no estado. 

Uma das empresas fantasmas seria uma imobiliária registrada com o endereço em Extremos, na região metropolitana do estado. A estimativa é que a máfia italiana tenha movimentado mais de R$ 300 milhões com investimentos no setor imobiliário e de construção, além de restaurantes pelo país. 

Só no Rio Grande do Norte a Justiça Federal autorizou o sequestro de 100 imóveis associados aos suspeitos e empresas investigadas na operação. Giuseppe Bruno passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva mantida. 

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais