No ano em que comemora o Jubileu de Platina – 70 anos como Rainha da Inglaterra-- Elizabeth II vê outra crise abalar a família real. A monarca retirou uma série de títulos reais de seu filho, o príncipe Andrew, que não poderá mais ser chamado de sua Alteza Real.
O príncipe Andrew é alvo de uma ação civil nos Estados Unidos movida por Virgina Gyuffre. A americana afirma que foi vítima de abuso sexual quando era menor de idade, aos 17 anos. No Reino Unido, o príncipe já enfrenta as consequências. Após pressão das Forças Armadas, a Rainha decidiu tirar os títulos militares do filho. Ele também não poderá mais ser tratado como “Sua Alteza Real”.
Virgina Gyuffre diz que foi coagida por dois amigos de Andrew: o megainvestidor Jeffrey Epstein, que cometeu suicídio na prisão em 2019, e a socialite britânica Ghislaine Maxwell, condenada no mês passado por tráfico sexual.
O Duque de York tem agora 3 opções: tentar negociar um acordo para que Virginia desista do processo; ignorar a ação, já que ela acontece nos Estados Unidos; ou seguir todos os protocolos da acusação e tentar ganhar o caso no tribunal.
Advogados do príncipe sinalizam que devem tentar provar na Justiça a inocência de Andrew, que nega a acusação de abuso sexual. Se isso de fato acontecer, eles precisam apresentar provas, testemunhas e ainda instruir o filho da rainha a responder perguntas dos advogados de Virginia Gyuffre.
A ação na esfera civil busca indenização financeira. Ou seja, não há risco do príncipe ir para a cadeia. Em setembro ou outubro, Andrew poderá viajar aos Estados Unidos para uma audiência.