Acordo internacional para ajudar em investigações esbarra na burocracia

Acordo de cooperação internacional entre os ministérios públicos precisa de aprovação do Congresso

Da redação

Augusto Aras esteve em Haia para demonstrar o interesse do Brasil na Eurojust
Divulgação/Eurojust

Um tratado de cooperação internacional que poderia ajudar em investigações importantes passa pela burocracia de Brasília. As brasileiras Jeanne Paolini e Kátyna Baía, presas injustamente na Alemanha, poderiam ter o processo agilizado s um tratado de cooperação entre os ministérios públicos do Brasil e da Europa já tivesse sido firmado.

Kátyna e Jeane ficaram presas por 38 dias na Alemanha, acusadas de tráfico internacional de drogas. As malas delas foram trocadas por uma quadrilha, no Aeroporto Internacional Guarulhos, na Grande São Paulo, em março.

Na prática, as brasileiras ficaram presas mais de um mês porque as autoridades alemãs demoraram a aceitar as provas de inocência levantadas pela polícia federal.

O convite para o Brasil integrar a Eurojust foi formalizado em 2021.

“Para nós seria, enfim, excelente. Que iria aumentar tremendamente a nossa capacidade de nos organizarmos para a cooperação internacional, no que diz respeito ao combate à criminalidade organizada", disse o subprocurador-geral da república Hindemburgo Chateaubriand.

A Eurojust tem sede em Haia, na Holanda. Estados Unidos e Canadá também fazem parte. O procurador-geral da República, Augusto Aras, esteve lá em março deste ano para dizer que o Brasil tem interesse na cooperação.

Para isso, o Itamaraty tem que enviar o acordo para aprovação do Congresso. Hoje, a proposta foi encaminhada para avaliação do Ministério da Justiça, antes de ser discutida pelos parlamentares.

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.