Os acampamentos golpistas instalados em frente ao QG do Exército em Brasília há dois meses finalmente foram desmontados hoje. Mais 1,2 mil pessoas foram detidas durante a operação.

A área foi cercada pela Polícia Militar e pela polícia do Exército, logo no início da manhã. A cavalaria e a tropa de choque fizeram uma grande barreira. A todo momento chegavam mais viaturas.

Bolsonaristas acampados em frente ao quartel-general do exército, em Brasília, foram avisados que deveriam deixar o local. Não houve resistência. A polícia acompanhou os grupos deixando a área levando malas e outros pertences. militares ajudaram a desmontar as barracas.

Quarenta ônibus foram usados para levar as cerca de mil e duzentas pessoas  que foram detidas para a polícia federal.

Equipes da Polícia Federal passaram o dia colhendo os depoimentos. No fim de semana, mais de 200 criminosos foram presos. A maioria dos detidos já foi transferida para os presídios da Papuda e para a penitenciária feminina, conhecida como Colméia.

Pelas redes sociais, o interventor federal da segurança do Distrito Federal, Ricardo Cappeli, comemorou a desativação do acampamento que funcionou como QG dos atos antidemocráticos.

A operação de retirada foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal, por ordem do ministro Alexandre de Moraes.

Nesta segunda-feira (9), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que os responsáveis pelas ações terroristas vão responder por uma série de crimes. 

O governo federal tem certeza que os ataques foram financiados. Agora, falta descobrir por quem. As investigações continuam.

Os contratantes dos ônibus que levaram os bolsonaristas para Brasília serão chamados para prestar esclarecimentos. 

A segurança da capital federal será reforçada com mais 500 homens da Força Nacional de dez estados.