Para ajudar pequenos empresários a manter empregos, voltou a ser oferecido crédito pelo Pronampe. E a procura já foi grande nos primeiros dias.
No início da pandemia, Marco Added correu para enxugar os custos da clínica de sua fisioterapia. A principal providência foi trocar de endereço para reduzir o aluguel. Quando pintou a oportunidade de um empréstimo com juro baixo e prazo longo, ele viu que dava para voltar a crescer. Pegou R$ 20 mil e abriu uma nova unidade. Foi tudo pelo Pronampe - o Programa Nacional de Apoio Às Pequenas Empresas.
“É uma parcela relativamente leve, se a gente for levar em consideração o valor que a gente pegou, e o prazo que se tem para pagar, então cabe no bolso”, justificou o empresário.
Assim como esta clínica, 517 mil pequenos negócios pegaram dinheiro emprestado no ano passado por meio do programa. Uma nova edição do programa começou semana passada, dando início à uma corrida pelos empréstimos. 25% dos recursos já foram sacados - o correspondente a R$ 6,3 bilhões.
Nos primeiros três dias, 75 mil pequenas empresas pegaram valores emprestados. É preciso faturar até R$ 4,8 milhões por ano para pedir o crédito.
Neste ano, a garantia do governo aos bancos para casos de inadimplência é menor que em 2020, então os juros estão mais altos, mas ainda atrativos: a taxa máxima é de 6% ao ano mais a Selic (4,25%). Para aumentar a chance de ter o empréstimo aprovado, vale a pena pesquisar as condições em mais de uma instituição financeira.
“O mercado de crédito é extremamente concentrado, mas há sim instituições novas atuando em condições, muitas vezes, vantajosas”, explicou o professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas Lauro González.
Tudo que pode ser feito para aumentar o score de crédito ajuda, e além disso atentar para o fato de que muitos atores estão hoje presentes no mercado em condições muitas vezes vantajosas quando comparada aos bancos tradicionais.