3 pessoas são investigadas pelo atentado no aeroporto em Brasília

A CPMI, que volta do recesso no dia três de agosto, também apura a ligação do atentado com os atos do dia oito de janeiro

Por Túlio Amâncio

O relatório da polícia civil do distrito federal foi entregue à CPMI do 8 de janeiro, que investiga os fatos que levaram à invasão e destruição das sedes dos três poderes no início do ano.

O documento aponta que o empresário ricardo pereira cunha e o casal de pecuaristas Bento Carlos Liebl e Solange Liebl discutiram detalhes do plano com George Washington De Oliveira Sousa. Ele foi condenado por ter encomendado e montado o explosivo num caminhão de combustível nas imediações do aeroporto de Brasília. 

O plano seria contra o resultado das eleições. A CPMI, que volta do recesso no dia três de agosto, também apura a ligação do atentado com os atos do dia oito de janeiro.

Ricardo pereira cunha é dono de uma loja de informática em Xinguara, no Pará. Mesmo estado de George Washington. Segundo o relatório da polícia civil, Washington afirmou, quando foi preso, que foi cunha quem enviou o explosivo para ele.

Já o casal de pecuaristas, que participou do acampamento no QG do exército depois das eleições, é visto pela polícia como entusiasta do atentado. A investigação aponta que os dois pediram a George que participasse do plano e fosse buscar os explosivos.

O empresário e o casal de pecuaristas foram alvos de buscas e apreensões no final de abril. A operação foi um trabalho conjunto entre as polícias civis do Pará e do DF. Até o momento, nenhum deles foi preso, nem denunciado e o inquérito corre sob sigilo.

A advogada de George Washington diz que não existe nenhuma ligação entre o cliente dela e essas outras pessoas. E que ele não as citou no depoimento formal. George foi preso em dezembro do ano passado e condenado a nove anos e quatro meses de prisão.

Mais notícias

Carregar mais