O ano de 2024 foi o mais quente da história até então, segundo o Observatório Europeu para o Clima. A temperatura média foi de 15,1°C, ficando 1,6°C acima dos níveis pré-industriais e ultrapassando, pela primeira vez, o limite estabelecido no Acordo Climático de Paris. 

Esse número, 1,6 grau, é mais do que um dado. Ele significa secas mais severas, enchentes mais destrutivas e ondas de calor que colocam a vida de milhões de pessoas em risco.

Na Europa, incêndios florestais devastaram regiões inteiras, enquanto países da Ásia enfrentaram chuvas torrenciais e inundações catastróficas. Os Estados Unidos foram castigados por quase 20 furacões.

No Brasil, o Pantanal sofreu com incêndios de grandes proporções e as enchentes no Rio Grande do Sul foram devastadoras.

Os últimos 10 anos foram os mais quentes já registrados. E a expectativa é que, daqui pra frente, outros recordes sejam batidos. Agora, o debate sobre as responsabilidades das grandes economias globais voltou à tona. 

Os maiores poluidores são Estados Unidos e China. Países em desenvolvimento - como o Brasil - reforçam os pedidos para que as nações que mais poluem paguem mais para ajudar a transição energética.

Esse será justamente um dos principais temas da COP30 no Brasil. A conferência do clima acontecerá em Belém, capital do Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro.