No caderno do narcomiliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko, os investigadores acharam uma contabilidade do estoque de armas do bando que ele controlava – com menção a pelo menos 100 fuzis. As informações são do Jornal da Band.
O caderno do crime completamente organizado tinha cerca de 60 páginas. Em cada uma delas, detalhes de quantidade, tipos de armamentos, munições e até carregadores, que eram distribuídos para cada região do Rio de Janeiro dominado pelo chamado Bonde do Ecko. Nas listagens, aparecem fuzis com preços de mercado que variam entre R$ 60 mil e R$ 120 mil.
Para a Polícia Civil do Rio de Janeiro, é quase impossível saber a origem de cada arma, munição e carregador detalhado nas anotações, porque o material não foi apreendido.
No entanto, com o caderno de contabilidade que vai passar por uma perícia, os investigadores puderam mapear e ter uma noção do poderio bélico da milícia comandada por Ecko – que morreu no último final de semana.
Tudo era exatamente anotado pelo miliciano, que controlava também tudo que era cobrado e emprestado para integrantes e aliados. Em algumas páginas, nomes e apelidos de comparsas.
É o caso de PQD, apelido de Francisco Anderson da Silva Costa, apontado pela polícia como o chefe da segurança de Ecko – e que inclusive pode ser um dos que podem tentar tomar o lugar do miliciano morto. Assim como Danilo Dias Lima, o Tandera, que agora se tornou o criminoso mais procurado do Rio.
“A gente precisa muito que a sociedade entenda e continue colaborando com informações para que a gente possa estar cada vez mais desarticulando toda a estrutura dessa organização criminosa”, pediu o delegado William Pena, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas.