O ex-presidente da China, Jiang Zemin, morreu aos 96 anos decorrente de uma leucemia e falência múltipla de órgãos. Segundo a agência estatal de notícias, Xinhua, Zemin faleceu nesta quarta-feira (30) em sua cidade natal, Xangai, às 12h13 no horário local.
O Partido Comunista da China divulgou uma carta de pesar para os membros, exército e população chinesa. No documento, se refere a Jiang Zemin como “camarada” e diz que a perda é imensurável para sigla.
“O Comitê Central do Partido convocou todo o partido, todo o exército e as pessoas de todos os grupos étnicos para transformar sua dor em força, herdar o legado de Jiang Zemin e expressar nossas condolências com ações práticas”, disse o Partido Comunista em carta.
O Partido Comunista descreve Zemin como um líder notável de alto prestígio, grande marxista, grande revolucionário proletário, estadista, estrategista militar, diplomata e lutador comunista de longa data. “Um destacado líder da grande causa do socialismo com características chinesas, o núcleo do coletivo de liderança central de terceira geração do partido e o principal fundador do importante pensamento de ‘Três Representantes’", acrescentou.
Trajetória de Zemin
O ex-líder do Partido Comunista chegou ao poder logo depois do massacre na Praça da Paz Celestial, em 1989, quando o Exército comandou uma dura repressão a manifestantes que pediam pacificamente mais liberdades. Milhares de pessoas morreram.
A resposta violenta do governo levou a um maior isolamento da China na comunidade internacional e até mesmo a divisões entre os comunistas ligados à linha dura e à ala mais reformista.
Jiang Zemin acabou escolhido para o cargo de secretário-geral e presidente para unir os dois setores. Ele promoveu uma abertura mais ampla e viu a economia crescer em alta velocidade, consagrando o país como uma das principais potências globais. Também fortaleceu os laços com os Estados Unidos, fazendo inclusive diferentes visitas aos norte-americanos. No comunicado anunciando a morte.