O vereador Jairinho (sem partido) entregou sua defesa ao Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, no processo de cassação do seu mandato. As informações são da rádio BandNews FM, no Rio.

O documento afirma que o parlamentar sempre foi um pai carinhoso, presente, amado pelos filhos e por todos os membros da família, quiçá por Henry. Diz ainda que Jairinho é caridoso e carismático e fez uma legião de amigos e admiradores na Câmara.

A defesa alega ainda que é preciso esperar a condenação judicial, após esgotados os recursos, para que se abra um processo de quebra de decoro.

O parecer do relator Luiz Ramos Filho vai ser votado pelo Conselho de Ética na próxima segunda-feira (28), às 11h. Ele pede a perda do mandato de Jairinho.

Ramos Filho disse que concluiu pela cassação, a partir dos depoimentos de testemunhas e de evidências analisadas no inquérito policial.

Se o relatório for aprovado, há uma votação pela cassação no plenário na quarta-feira (30). São precisos 34 votos para a perda do mandato.

A defesa apresentada por Jairinho pede o arquivamento do processo e diz que o parlamentar sempre agiu com decoro.

O processo de cassação é comparado ainda com o julgamento do capitão francês judeu Alfred Dreyfus, condenado injustamente no século XIX por passar informações secretas aos alemães. O caso ficou marcado na história da França, por causa das irregularidades no processo judicial.

Jairinho está preso desde abril acusado da morte do menino Henry Borel, de quatro anos, e responde a outros dois inquéritos por violência contra crianças, além de ter sido indiciado por violência doméstica contra a ex-mulher.