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Jacinda Ardern, premiê da Nova Zelândia, diz que vai renunciar ao cargo

Primeira-ministra vai deixar o cargo no inicio de fevereiro; país terá eleições gerais para o Parlamento em outubro

Da redação

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Jacinda Ardern
REUTERS/Loren Elliott

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou nesta quinta-feira (19) que não vai se candidatar à reeleição e vai renunciar ao cargo até fevereiro. A informação foi dada em pronunciamento na TV local. 

No discurso, a premiê da Nova Zelândia deixou claro que a decisão foi dela e disse que liderar um país é o trabalho mais privilegiado que alguém pode ter, mas informou que é desafiador. “Você não pode, e não deve fazê-lo, a menos que tenha um tanque cheio, além de um pouco de reserva para esses desafios inesperados”, disse. 

“As decisões que tiveram de ser tomadas foram contínuas e pesadas. Mas não vou embora porque foi difícil. Se fosse esse o caso, eu provavelmente teria partido dois meses depois de começar o trabalho”, desabafou a premiê. 

“Estou saindo porque com um papel tão privilegiado, vem a responsabilidade. A responsabilidade de saber quando você é a pessoa certa para liderar e também quando não é. Eu sei o que esse trabalho exige e sei que não tenho mais o suficiente no tanque para fazer justiça. É tão simples”, acrescentou. 

Jacinda Ardern agradeceu a população da Nova Zelândia por darem a oportunidade de servir e de assumir o que “sempre será o maior papel da minha vida”.

Com o anúncio da renúncia de Jacinda Ardern até 7 de fevereiro, o Partido Trabalhista vai votar para escolher um novo líder, que vai ocupar o cargo até outubro deste ano, quando estão marcadas as eleições gerais para o Parlamento da Nova Zelândia. 

O vice-primeiro-ministro, Grant Robertson, informou por meio de nota que não vai concorrer ao cargo de premiê nas próximas eleições e disse que Jacinda Ardern fez a Nova Zelândia ser mais justa, inclusiva e forte. 

Quem é Jacinda Ardern

Jacinda Kate Laurell Ardern em 26 de julho de 1980, nasceu em Hamilton e cresceu na zona rural de Waikato, na Nova Zelândia, onde estudou e cursou Comunicação em Relações Internacionais e Comunicação Profissional. Ela ingressou no Partido Trabalhista aos 18 anos. 

Após a graduação, ela trabalhou em vários cargos no governo e em empresas, chegou a ser conselheira da primeira-ministra do país, Helen Clark, e no gabinete do governo em Londres, na Inglaterra. 

Em 2008, Ardern foi eleita para o Parlamento, já em 2017 foi eleita para representar o distrito de Mount Albert. No mesmo ano, foi eleita líder do Partido Trabalhista e eleita primeira-ministra. Ela foi a premiê mais jovem a governar a Nova Zelândia, com 37 anos. Foi reeleita em 2020.

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