Itamaraty 'saúda' reconhecimento da Palestina por Espanha, Irlanda e Noruega

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a decisão dos três países europeus constitui 'avanço histórico' para responder aos 'anseios de paz'

Da Redação

Manifestação pró-Palestina em Massachusetts, nos EUA
REUTERS/Nicholas Pfosi

O Ministério das Relações Exteriores declarou nesta quarta-feira (29) que o reconhecimento oficial do Estado da Palestina por Espanha, Irlanda e Noruega constitui “avanço histórico” para responder aos “anseios de paz”. 

O comunicado do Itamaraty foi publicada após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva remover o embaixador do Brasil de Israel, Frederico Meyer, e o transferir para o cargo de representante especial junto à Conferência do Desarmamento, em Genebra, na Suíça. 

“O governo brasileiro saúda os anúncios oficiais de Espanha, Irlanda e Noruega, em 28 de maio, pelos quais reconhecem o Estado da Palestina, somando-se a mais de 140 outros países, dentre os quais, desde 2010, o Brasil. 

“O crescente número de países que reconhecem o Estado da Palestina constitui notável avanço histórico que contribui para responder aos anseios de paz, liberdade e autodeterminação daquele povo”, declarou o Itamaraty. 

O Ministério das Relações Exteriores reforça que os países se juntam a outras 140 nações que reconhecem o território, inclusive o Brasil - desde 2010. 

O texto do Itamaraty estimula ainda o reconhecimento da Palestina por outros países e reafirmou a defesa da solução de dois Estados, “com um Estado da Palestina independente e viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, o que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital”.

Na Europa, ainda são poucos os países que oficialmente reconhecem a Palestina com um Estado. Entre os 27 membros da UE, apenas oito países adotam essa posição, seis deles com passado comunista que oficializaram o reconhecimento nos anos 1980.

Decisão histórica, diz Lula 

Segundo o petista, o reconhecimento dos três países europeus faz “justiça em relação ao pleito de um todo um povo” e que a estabilidade no Oriente Médio só “ocorrerá quando for garantida a existência de um Estado Palestino independente”. 

“A decisão conjunta de Espanha, Noruega e Irlanda de reconhecer a Palestina como um Estado é histórica por duas razões. Faz justiça em relação ao pleito de um todo um povo, reconhecido por mais de 140 países, por seu direito à autodeterminação. Além disso, essa decisão terá efeito positivo em apoio aos esforços por uma paz e estabilidade na região. Isso só ocorrerá quando for garantida a existência de um Estado Palestino independente”, escreveu Lula na plataforma X, antigo Twitter. 

O presidente reforça que o Brasil foi um dos primeiros países da América Latina a assumir a posição, “quando em 2010 de reconhecer o Estado da Palestina nas fronteiras de 1967, o que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital”. 

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