O governo italiano pediu ao Brasil para que Robinho cumpra a pena de nove anos de prisão por estupro no país. Ele e o amigo Ricardo Falco foram condenados em última instância a nove anos de prisão por estuprarem uma jovem de 23 anos em uma boate de Milão em 2013.
A informação do pedido do governo da Itália foi confirmada para a Band nesta sexta-feira (17). Segundo o Itamaraty, o pedido foi encaminhado para análise do Departamento de Repatriação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O pedido do governo italiano ocorreu no dia 24 de janeiro. Dias antes, o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino citou em entrevista à BandNews que existia a possibilidade de Robinho ser preso no Brasil.
"A própria Constituição brasileira proíbe a extradição de brasileiros natos, e agora, em tese, pode haver o cumprimento de pena (no Brasil), mas é algo a ser examinado posteriormente quando isso efetivamente tramitar", disse o ministro que também afirmou que na sua "visão, quaisquer que sejam eles, devem ser punidos", afirmou.
Relembre o caso
O crime ocorreu em Milão, na boate Sio Cafe, durante a madrugada de 22 de janeiro de 2013. A vítima é uma albanesa que, na época, comemorava o aniversário de 23 anos. Além de Robinho e Ricardo Falco, outros quatro brasileiros foram denunciados por participarem do ato.
Robinho admitiu que teve relações sexuais com a vítima, mas negou a violência sexual. Em 2017, ele foi condenado a nove anos de prisão, mas recorreu. Em última instância, ele foi condenado. Em áudios capturados pela Justiça italiana, Robinho assume que fez sexo oral com a jovem, mas que ela estava desacordada. As conversas com Ricardo Falco que auxiliaram na condenação dos dois.