Israel tem dia de horror com informações de crianças mortas

Desde cedo corria a informação, passada por um militar israelense a uma repórter que participava da visita da imprensa internacional aos locais invadidos por terroristas, e recém liberados

Moises Rabinovici

Soldado em tanque durante guerra em Israel
Reuters

Ontem foi o dia do maior  horror na guerra iniciada pelo grupo Hamas ao invadir Israel no sábado. Foi o dia das crianças degoladas. Desde cedo corria a informação, passada por um militar israelense a uma repórter que participava da visita da imprensa internacional aos locais invadidos por terroristas, e recém liberados. Ela divulgou que foram 40 os bebês decapitados. Só ela deu a notícia.

Nas redes sociais, a informação foi considerada falsa. Em muitas redações de jornais, também. Faltava uma confirmação oficial, ou alguém, independente, que tivesse visto os 40 bebês degolados. Aos poucos, porém, a notícia passou a ser verdadeira, desde que fossem "alguns bebês", não 40. Quem a oficializou foi o primeiro-ministro Netanyahu ao presidente Joe Biden.

A transcrição do telefonema, segundo Israel: "Nunca vimos tamanha selvageria na história do Estado" — disse Netanyahu. "Eles pegaram dezenas de crianças, amarraram-nas, queimaram-nas e as executaram. Decapitaram soldados, ceifaram esses jovens que foram para um festival de música na natureza, sabe?, e colocaram cinco jipes bloqueando a fuga, certos de que matariam todos."

Logo depois, na Casa Branca, o presidente Biden se apresentou à imprensa com "o estômago revirado". Lembrou o holocausto nazista na Segunda Guerra Mundial. Falou dos "bebês mortos, famílias inteiras assassinadas, jovens massacrados, mulheres estupradas, e exibidas como troféus nas ruas de Gaza. "Maldade pura", resumiu.

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